Depressão Pós-Parto! Eu tenho?
A depressão pós-parto é um assunto muito sério que, infelizmente, afecta muitas mulheres. Pode manifestar-se de diferentes maneiras, através de ataques de ansiedade, falta de energia constante e mudanças nos hábitos alimentares e de sono. É uma doença igual às outras e como tal é necessário recorrer a tratamentos, os quais passam pela toma de medicamentos ou então terapia, de forma a prevenir e não deixar agravar, pois pode trazer graves consequências se não tratada a tempo.
O pior da depressão pós-parto, assim como qualquer outra, é que esta é uma doença silenciosa e que em muito dos casos as mulheres têm medo de admitir que a têm, pois não querem ser julgadas de más mães ou de fracas, que não aguentam com a realidade de cuidar de um bebé, mas, na verdade, a depressão é uma combinação de factores hormonais, ambientais, psicológicos e genéticos, não sendo em nada, culpa da mulher.
Alguns dos sinais para a identificação da doença são o desanimo, tendo picos pela manhã e/ou noite, negativismo e medo do que vai acontecer "amanhã", falta de concentração, vontade de desaparecer, uma enorme ansiedade pela saúde e bem estar do bebé constantes, perda do humor e permanente vontade de chorar, incapacidade para lidar com o dia a dia, cansaço contínuo, sensação que temos o mundo às nossas costas e temos culpa de tudo.
É normal haver dias menos bons enquanto somos mães, até porque criar um bebé é extremamente cansativo mas se tiver alguns destes sintomas constantemente ou se conhecer alguém que os tenha deve procurar ou aconselhar ajuda médica imediatamente, pois em alguns casos a depressão pode manifestar-se de forma mais violenta o que pode colocar em perigo tanto a mãe como o bebé.
Apesar de ser mais propensa no primeiro mês de gravidez, pode aparecer a qualquer momento durante o primeiro ano de vida do bebé, muitas vezes pode surgir mesmo aquando da gravidez.
O que ajuda a superar uma depressão pós-parto é a terapia e os antidepressivos (que eu sou contra). Para além desses meios medicinais há também outras alternativas que para mim são muito mais positivas e saudáveis, e é nessas que me baseio sempre que me sinto triste, deprimida ou sem forças:
- Alimentação Saudável
Comer saudável e evitar excessos ajudam-nos a sentir melhor.
- Descanso
Tento dormir o máximo possível, principalmente quando o bebé faz as suas sonecas durante o dia, pois quando dormimos pouco ficamos mais propensas a ingerir açúcar e hidratos de carbono, o que não é nada bom, e psicologicamente ficamos mais frágeis.
- Actividade Física
O exercício é fundamental na minha vida, para que me possa sentir bem, não só pela questão física. Quando realizamos actividades físicas o nosso organismo liberta endorfinas que agem na regulação das emoções, reduzem o stress e a ansiedade e aliviam as nossas tensões. Este processo é fundamental para evitar ou ajudar numa situação de depressão.
- Não Exigir Demasiado de Nós
Somos mulheres, somos mães e somos esposas, temos vários papeis a desempenhar na família, mas com um bebé em casa temos de nos concentrar muito em nós próprias e no nosso bem estar para podermos ter forças e cuidar do nosso bebé, se hoje não limparmos a casa porque estamos cansadas ninguém vai morrer por isso. O importante é o bem estar do bebé, da mãe e do pai.
- Aceitar e Pedir ajuda
Não temos de sentir vergonha quando achamos que estamos demasiadamente cansadas para as tarefas domésticas ou até mesmo para cuidar dos nossos bebés, não é pecado pedir ajuda a alguém para podermos descansar um pouco ou até distrair, porque a rotina constante também se torna cansativa.
Decidi abordar este tema tão sensível porque muitas vezes eu também me sinto cansada, desiludida e sem força, em grande parte derivado à pressão que coloco em mim mesma quanto ao meu objectivo primordial de perder peso o mais rápido possível e voltar à minha melhor forma, mas também porque cuidar de um bebé pequenino é uma tarefa, que apesar de prazerosa e maravilhosa, extremamente cansativa e desgastante, por vezes nem consigo ter tempo para cuidar de mim mesma.
Mas tento mentalizar-me que isto é uma fase, e que o mais fucral agora é o bem estar do meu filho, tudo vai acabar por se compor um dia, e mais, eles crescem tão depressa, o tempo voa, por isso tenho de aproveitar o máximo que conseguir para acompanhar ao máximo todas as fases mágicas que ele irá passar ao crescer e aos poucos irei atingir também as minhas metas. Tudo a seu tempo!
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